A posse de Donald Trump porquê presidente dos Estados Unidos, nesta segunda-feira (20), foi celebrada por parlamentares da oposição brasileira, que aproveitaram o evento para criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e exaltar medidas anunciadas pelo republicano. Entre os temas que dominaram as redes sociais, destacaram-se o confronto à “agenda woke” e a pressão sobre Lula em questões de política internacional.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ironizou a postura do presidente brasiliano, que, antes das eleições americanas, havia classificado uma verosímil posse de Trump porquê “nazismo com outra cara” e proferido suporte à portanto candidata democrata Kamala Harris.
“Ei @LulaOficial, você quer ser amigo de um nazista agora?”, provocou Eduardo Bolsonaro. O parlamentar ainda apontou incoerência nas declarações de Lula salientou que ministros do governo brasiliano continuaram atacando Trump, mesmo posteriormente sua vitória.
O observação veio posteriormente Lula manifestar interesse em ter uma boa relação com o novo governo americano, um tanto visto porquê contraditório diante de suas declarações anteriores. Nas redes sociais, internautas que fazem oposição ao governo Lula classificaram a mudança de tom por secção do petista porquê o “Efeito Trump”.
“O Trump foi eleito para governar os Estados Unidos, e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua, para que o povo brasileiro, o povo americano melhore e para que os americanos continuem a ser os parceiros históricos que são do Brasil. Nós não queremos briga nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a Índia, nem com a Rússia. Nós queremos paz”, disse Lula em sua primeira reunião ministerial do ano, nesta segunda-feira.
Entre os temas que mais repercutiram no discurso de posse de Trump, a oposição destacou as promessas relacionadas à agenda cultural. O novo presidente americano afirmou que a Casa Branca instruirá o Departamento de Estado e o Departamento de Segurança Interna, bem como outras agências, a removerem as opções “não-binário” ou “outras” de documentos federais, incluindo passaportes e vistos.
A deputada Bia Kicis (PL-DF) celebrou o compromisso do republicano em restaurar a liberdade de expressão e acabar com a perseguição política, e também elogiou a posição contrária à ideologia de gênero do novo presidente dos EUA.
“Restaurar a liberdade de expressão, fim da perseguição política, fim da agenda woke da ideologia de gênero, gestão eficiente do Estado, e seu maior legado, ser um “peace maker” agente da paz, e inspirar a admiração do mundo por ser a nação mais forte e próspera. Esses apenas uns aspectos. Que discurso!”, disse Bia Kicis pelas redes sociais.
Já o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) também comentou sobre as medidas anunciadas e salientou o fim da instrumentaliação do Estado.
“Nunca mais o grande poder do Estado vai ser usado para instrumentalizar e perseguir oponentes políticos”, declarou Jordy. Ele também destacou o que chamou de “término da agenda woke“.
Críticas de Trump sobre ativismo judicial foram celebradas pela oposição
Confira:
- 1 Críticas de Trump sobre ativismo judicial foram celebradas pela oposição
- 2 Ausência de Bolsonaro na posse de Trump gera críticas da oposição
- 3 Agenda de Trump pode dar “mais gás” à oposição brasileira
- 4 Oposição aproveitou a posse de Trump para fazer articulações com autoridades americanas
- 5 Para oposição, posse de Trump é um “marco da subida conservadora”
As declarações de Trump contra o ativismo judicial nos Estados Unidos também repercutiram positivamente entre políticos e líderes conservadores do Brasil. O novo presidente americano prometeu acabar com a “armamentização” do Departamento de Justiça ao defender um Judiciário mais equilibrado.
O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) destacou a postura de Trump no discurso de posse e afirmou que as palavras dele reforçam valores essenciais para a democracia. “Trump fez um oração que nos deixou, porquê brasileiros, muito orgulhosos pela sua posição firme em resguardo da liberdade de frase”, declarou o parlamentar em um vídeo postado nas redes sociais.
Já pastor Silas Malafaia utilizou as mídias sociais para criticar o governo Lula e autoridades brasileiras. “Trump toma posse. Um novo vento de liberdade vai soprar e vai chegar no Brasil em nome de Jesus!”, afirmou o líder religioso em publicação no X.
Ausência de Bolsonaro na posse de Trump gera críticas da oposição
Parlamentares da oposição relembraram a ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na posse de Donald Trump e destacaram que o episódio é reflexo das restrições políticas enfrentadas no Brasil. Bolsonaro não pôde viajar aos Estados Unidos após a negativa do ministro Alexandre de Moraes em devolver seu passaporte. Essa questão foi apontada pela oposição como símbolo de censura e perseguição política no Brasil. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro representaram o ex-mandatário na cerimônia.
No vídeo já citado, Van Hattem classificou a proibição de Bolsonaro de comparecer à posse do novo presidente dos EUA como reflexo de tempos difíceis no país. “Foi um sinal muito simples de que vivemos tempos terríveis no nosso país”, afirmou o parlamentar.
O senador Jorge Seif (PL-SC) também criticou a decisão judicial que impediu Bolsonaro de viajar aos Estados Unidos para a posse de Trump. “O mundo sabe que a exprobação que fizeram a Bolsonaro foi criminosa”, declarou.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) utilizou as redes sociais para demonstrar apoio ao ex-presidente. “Com fé em Deus, um novo tempo de reverência à liberdade e aos valores ocidentais voltará a reinar”, publicou.
Agenda de Trump pode dar “mais gás” à oposição brasileira
Questionado sobre o impacto do discurso de Donald Trump para a oposição no Brasil, o cientista político Adriano Cerqueira, professor do Ibmec de Belo Horizonte, afirmou que a postura do novo presidente dos Estados Unidos traz perspectivas positivas para os opositores do governo Lula.
“Trump está desempenado com uma agenda mais agressiva, que inclui combater narcotraficantes porquê terroristas e promover políticas duras contra gangues e redes de suporte, inclusive governos que se associam a essas práticas. Isso pode ressoar aqui no Brasil, onde o narcotráfico é uma questão sensível. Ou por outra, a oposição pode lucrar força com o oração dele contra regimes autoritários, incluindo o suporte do Brasil a países porquê Nicarágua, Cuba e Venezuela”, avaliou.
Cerqueira também apontou que o endurecimento das políticas econômicas e de segurança promovido por Trump pode criar um cenário de maior liberdade nas redes e fortalecer as críticas ao atual governo brasileiro.
“Trump já indicou que combaterá a exprobação na internet e apoiará medidas contra autoridades americanas que ampliaram o controle sobre as redes. Isso deve substanciar a pressão sobre casos similares no Brasil, onde a oposição frequentemente denuncia restrições à liberdade de frase”, destacou.
Oposição aproveitou a posse de Trump para fazer articulações com autoridades americanas
Além de participarem da posse do novo presidente, deputados e senadores da direita brasileira também aproveitaram a passagem pelos EUA para estreitar laços com autoridades do novo governo. No domingo (19), eles se reuniram com Jim Pfaff, conselheiro de Trump e presidente da “The Conservative Caucus“, uma organização não governamental (ONG) de orientação conservadora.
À comitiva de parlamentares brasileiros, Pfaff afirmou que fará tudo o que estiver ao seu alcance e influência para ajudar a oposição. “Quero que vocês saibam o que acontecerá amanhã não é só importante não só para os Estados Unidos, mas também para o Brasil. Irei fazer tudo o que estiver sob meu alcance para ajudar. E pergunto a vocês como eu posso ajudar”, disse o conselheiro de Trump.
Ele também afirmou ser “muito abençoado por ter amigos” na comitiva brasileira. “Sou muito abençoado por ter amigos presentes aqui. Não só dessa comitiva, mas fico muito feliz por encontrar os amigos que fiz no X aqui”, afirmou.
O conselheiro de Trump também reforçou a torcida por uma eventual candidatura de Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2026. O ex-presidente brasileiro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“É minha oração e minha esperança que a gente possa, no futuro próximo, reabrir a corrida presidencial no Brasil. Não sei como isso vai acontecer. Obviamente, tenho muita esperança que o presidente Bolsonaro possa estar na urna”, destacou Pfaff.
Para oposição, posse de Trump é um “marco da subida conservadora”
Parlamentares de oposição brasileira também classificaram a posse de Donald Trump como um “marco da subida conservadora no mundo”. Para eles, o novo chefe do Executivo americano representa o combate a regimes autoritários e o fortalecimento dos valores da liberdade.
A deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) enfatizou que o retorno de Trump ao poder nos EUA reflete uma mudança global em curso. “A posse de Donald Trump é mais do que um evento político; é um marco da ascensão conservadora em todo o mundo. Os povos estão reagindo contra a opressão de ideologias que destroem valores, e, em 2026, essa onda chegará com força ao Brasil, devolvendo o poder ao povo que defende a Liberdade”, defendeu.
O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) destacou a importância de Trump para a liberdade econômica e política. “Trump sempre representou a resistência contra o autoritarismo e a corrupção. Sua posse reforça que a direita está ganhando terreno no mundo todo. Não tenho dúvidas de que, em 2026, o Brasil estará alinhado com essa nova era de prosperidade e liberdade”, ressaltou o parlamentar gaúcho.
Já o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) apontou a conexão entre a liderança de Trump e o porvir político brasiliano. “A vitória de Trump é um sinal claro de que o mundo está rejeitando governos frouxos e agendas autoritárias disfarçadas de progressismo. O Brasil, assim como os Estados Unidos, terá a sua oportunidade de reverter os erros de governos de esquerda em 2026, retomando os valores que fizeram nosso país grande”, opinou.
Por término, o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) afirmou que a liderança de Trump é precípuo para a firmeza internacional. “O mundo anseia por líderes que tenham coragem de defender a liberdade e a paz. Trump simboliza essa força, e seu retorno demonstra que o conservadorismo está mais vivo do que nunca, unindo nações contra regimes opressores. O Brasil será parte dessa virada em 2026”, afirmou.