O senador republicano pela Flórida Rick Scott enviou nesta quinta-feira (16) uma missiva ao presidente brasílico, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), exigindo uma resposta “clara e imediata” às declarações do ditador venezuelano, Nicolás Maduro, que, em um oração no sábado (11), sugeriu que o Brasil colaborasse com uma invasão para “libertar” o território americano de Porto Rico.
Maduro fez a sugestão durante o chamado “Festival Internacional Antifascista”, realizado no sábado, em Caracas, uma vez que secção das comemorações de sua posse ilegítima para mais um procuração posteriormente a fraude eleitoral de 2024. Em seu oração, o líder chavista afirmou que a “libertação” de Porto Rico seria uma prioridade para combater a “agenda de colonização do norte”. Ele chegou a mencionar o uso de tropas brasileiras lideradas pelo “Batalhão Abreu e Lima”, da Polícia Militar de Pernambuco, em sua proposta de “libertação”.
“Está pendente a liberdade de Porto Rico, e nós vamos conquistá-la. Com as tropas do Brasil. E Abreu de Lima na frente. Batalhão Abreu de Lima para libertar Porto Rico, o que acha?”, declarou Maduro para uma plateia de apoiadores de esquerda de diversos países, incluindo do Brasil.
Na missiva, Rick Scott classificou Maduro uma vez que um “ditador assassino que oprime o povo venezuelano” e afirmou que as palavras do líder chavista são “uma ameaça perigosa e inaceitável contra os Estados Unidos”. Ele cobrou uma posição solene do governo brasílico sobre a fala de Maduro, destacando que o silêncio de Lula poderia ser interpretado uma vez que conivência.
“A comunidade internacional já sabe que Maduro roubou essa eleição do povo venezuelano e do presidente eleito Edmundo Gonzalez, e agora ele recorre a ameaças contra os EUA e à tomada de americanos como reféns. Isso é inaceitável”, disse. “O hemisfério e, francamente, o mundo, merecem uma resposta imediata às palavras perigosas de Maduro por parte do governo brasileiro”, escreveu Scott. Ele também instou Lula a se posicionar sobre o tema em fóruns internacionais, uma vez que a Organização dos Estados Americanos (OEA) e as Nações Unidas (ONU).
“Apelo ao governo brasileiro para que responda formal e claramente, informando aos governos do hemisfério qual será sua resposta oficial a essas ameaças perigosas. Além disso, solicito que expliquem exatamente como o governo brasileiro planeja abordar a incitação de agressão militar de Maduro na Organização dos Estados Americanos ou nas Nações Unidas. Espero que o governo brasileiro concorde que qualquer tentativa de descartar as palavras de Maduro como mera retórica política deve ser combatida, pois esses comentários são sérios e perigosos demais para serem ignorados. Além disso, o governo do Brasil foi manchado pela imprudência dos comentários de Maduro, já que ele sugere que o Estado brasileiro estaria interessado em tal agressão militar”, escreveu o republicano.
Nesta semana, a governadora de Porto Rico, Jenniffer González Colón, também reagiu com indignação às declarações de Maduro, pedindo que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, responda com firmeza à prenúncio.
“Poucos dias depois de realizar uma cerimônia de tomada de posse ilegítima, o ditador socialista Nicolás Maduro propôs publicamente uma invasão de Porto Rico”, afirmou González em missiva dirigida a Trump.
Maduro, em seu oração, além de sugerir a invasão de Porto Rico, declarou que estaria disposto a “pegar em armas” para enfrentar o que chamou de “fascismo” e defendeu uma coligação militar com Cuba e Nicarágua.
“A Venezuela está se preparando junto com Cuba, junto com a Nicarágua […] para, se um dia tivermos que pegar em armas, defender o direito à paz”, afirmou o ditador.
O senador Rick Scott enfatizou em sua carta que o Brasil, como uma democracia, tem o dever de rejeitar publicamente qualquer sugestão de apoio a ações militares contra um aliado dos Estados Unidos.
“É importante que todos se manifestem oficialmente sobre os perigos que Maduro representa para a paz e a estabilidade na região e no mundo, considerando que ele acolhe os piores inimigos que os Estados Unidos e nossos aliados enfrentam, a saber: a China comunista, a Rússia, o Irã e seus representantes. É responsabilidade sua [Lula], assim como de todo líder mundial que valoriza a liberdade, posicionar-se contra as ameaças de Maduro”, concluiu.
Até o momento, o governo brasílico não se manifestou oficialmente sobre o tópico. A Jornal do Povo entrou em contato com o Itamaraty e a Secretaria de Notícia do governo e ainda não obteve resposta sobre o tópico. A material será atualizada em caso de revelação.
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