É geral declarar que, ao cuidarmos de nossas crianças, estamos cuidando do porvir. No entanto, gostaria de levantar uma reflexão: porquê adultos responsáveis, estamos realmente protegendo as futuras gerações da violência, incluindo a contra as mulheres? Levanto esse questionamento diante dos números do Anuário Brasílico de Segurança Pública 2024, que retrata os casos de violência ocorridos do ano de 2022 para 2023. Nesse período, houve um prolongamento de 30% nos registros criminais não letais – porquê desabrigo de incapaz, desabrigo material, maus-tratos, lesão corporal, pornografia infanto-juvenil, exploração sexual infantil e estupro –, contra crianças e adolescentes. Segundo o levantamento, a maioria das violências foram perpetradas por aqueles que têm o obrigação primitivo de cuidar, sustentar e educar as próprias famílias.
É um cenário que atinge meninos e meninas, mas em alguns casos as meninas são muito mais vulneráveis. Hoje, a cada hora, o Brasil registra sete estupros de crianças e adolescentes. A maior vítima de estupro não é a mulher, mas a moçoila. Outro levantamento divulgado pela ONU Mulheres em novembro apontou que a cada 10 minutos uma mulher ou moçoila é morta no mundo, isso dá um totalidade de 144 mulheres e meninas mortas todos os dias. Em 2023, 85 milénio mulheres e meninas foram mortas propositadamente e 63% destes homicídios foram cometidos por seu parceiro íntimo ou por um membro da família. Além de políticas públicas de enfrentamento contra esta violência, que são tão necessárias, dispomos de outras ferramentas para amenizar esses números: conscientização e instrução.
Tanto a escola porquê a família precisam se constituir porquê espaços de vaticinação, prevenção e proteção integral, de crédito e trocas de experiência
O período de férias escolares é uma oportunidade para as crianças se relacionarem com os familiares, colegas, vizinhos e amigos, possibilitando novas experiências de aprendizagem. Para as meninas, é um momento privativo para conscientizá-las sobre os seus direitos assegurados por lei, esclarecer quando uma atitude é errada, explicitar os diferentes tipos de violência, seus impactos e as formas de identificá-las. A instrução consciente pode transformar vidas e gerar sociedades mais justas e seguras.
A instrução é uma utensílio de empoderamento, pois favorece que crianças e adolescentes se reconheçam porquê sujeitos de direitos, saibam reivindicá-los e ao mesmo tempo tornam-se menos vulneráveis à violência e, futuramente, cidadãos mais críticos e engajados. Ou por outra, a instrução, quando incentiva atitudes de saudação, empatia e não violência, promove mudanças de comportamento. Ao ensinarmos sobre os benefícios da cooperação e as consequências da violação de direitos, as crianças passam a ser mais protagonistas e conscientes na construção e manutenção de relacionamentos saudáveis.
Em se tratando da violência contra as meninas, é fundamental pensar nos “papéis sociais de gênero”, pois muitas vezes no contextura da família e da escola se pode reproduzir violências físicas, simbólicas, psicológicas e até mesmo sexuais contra a figura feminina pelo simples vestuário de terem sido transmitidas de geração em geração, uma espécie de naturalização das atitudes erradas, que violam direitos. As instituições escola e família, porquê responsáveis em gerar condições de porvir para as novas gerações precisam interromper esse ciclo de violência, buscando contribuir para uma sociedade com {{aqui}} de gênero e formando cidadãos mais humanos e empáticos.
Tanto a escola porquê a família precisam se constituir porquê espaços de vaticinação, prevenção e proteção integral, de crédito e trocas de experiência. O primeiro passo é estabelecer uma informação ocasião entre pais, filhos e outros membros da família, criando um envolvente mais saudável e seguro para as crianças e adolescentes. Com isso, os laços familiares se fortalecem. Vivendo em uma ambiência acolhedora e transparente, as crianças se tornam mais conscientes do papel que podem desempenhar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Ou por outra, substanciar que ao se sentirem incomodadas existem meios de pedir ajuda que vão além da família, porquê os serviços de denúncia de maus-tratos a crianças e adolescentes ou violência doméstica e familiar. O trabalho de conscientização para reduzir a desigualdade de gênero e a violência contra meninas e mulheres começa em lar. Vamos fazer a nossa segmento para uma sociedade melhor.
Paulo Soares é coordenador do Comitê de Proteção Integral às Crianças e Adolescentes do Marista Brasil.