Neste início de ano, Oeste traz novamente aos leitores reportagens que fizeram sucesso ao longo de 2024. O texto aquém, publicado originalmente em 2 de maio, informa que uma juvenil de 15 anos cumpre medidas socioeducativas pelo 8 de janeiro.
Leia a reportagem
Crises de sofreguidão recorrentes e dificuldades para socializar se tornaram segmento da vida de uma juvenil que foi detida com a mãe no Palácio do Planaltono 8 de janeiro.
Depois de um ano do protesto, a moça, que tem TDAH (transtorno caracterizado por sintomas uma vez que falta de atenção, inquietação e impulsividade) desde a puerícia, é agora atormentada por “medidas socioeducativas”, as quais consistem em prestação de serviços comunitários e um tratamento psicológico para “abandonar pensamentos extremistas”, além de sessões semanais com uma assistente social que critica o ex-presidente Jair Bolsonaro e “pessoas de direita” e exalta vacinas anticovid-19.
Essas exigências da Justiça começaram a ser cumpridas em fevereiro deste ano e podem resistir até dezembro. “A garota quer virar logo essa página”, contou a advogada Carolina Siebra, que cuida do caso.”
A prisão da juvenil no 8 de janeiro
Levada a Brasília pela mãe para escoltar uma sintoma dita pacífica, a jovem portanto com 15 anos ficou alguns dias no acampamento em frente ao Quartel-General do Tropa. Ali, alimentava-se, tomava banho e fazia orações com os demais participantes.
No dia do protesto, as duas seguiram a procissão de gente rumo à Rossio dos Três Poderes e passaram por uma revista. Minutos depois de cruzarem a barreira policial, se depararam com um cenário de guerra. Para fugir das bombas de efeito moral, se refugiaram no Planalto. Ali, a mãe precisou amparar a filha, em virtude do estado de pânico e de ânsias de vômito desencadeadas na moça pela fumaça.
Com a chegada dos agentes e o termo do ato, mãe e filha foram separadas. Algemada, a moça acabou indo para uma delegacia na capital federalista, onde passou por inspecção de corpo de delito e ficou em uma cubículo fria, sem dormir, pois ouvira de uma carcereira que não era vasqueiro pessoas morrerem “enforcadas” ali. No dia seguinte, posteriormente uma audiência de custódia na qual o juiz fez perguntas sobre golpe de Estado e democracia, voltou para Minas Gerais com um parente que chegou para buscá-la. De conformidade com a advogada, a jovem não teve recta sequer a um padroeiro público.
O familiar que a buscou na delegacia lembrou que a moça estava em choque, pálida e com os olhos arregalados, sobretudo porque ela não sabia o que havia realizado com a mãe, já detida na Colmeia. Daquele dia em diante, levaram dois meses para ela voltar à rotina.
Conforme relatos de familiares, o quadro psicológico da jovem já não era bom desde a escola, em razão de intimidação e perseguição, por ser de direita, e, agora, piorou. Conhecida por sua personalidade mansa, a pequena fica agitada sempre que pensa em seu porvir, visto que pretende cursar faculdade e trabalhar.
Desde que retornou para morada, a jovem vive com a mãe, a mana e o pai, jubilado, que voltou a trabalhar para remunerar contas acumuladas e advogados.
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