Dois anos posteriormente permanecer pronta, a Ponte da Integração continua sem previsão de receber o tráfico de veículos na rota opção para desafogar a fronteira entre o Brasil e Paraguai na cidade de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. A segunda ponte – os países são ligados pela Ponte da Amizade na região da Tríplice Fronteira – continua bloqueada pela falta de obras de infraestrutura necessárias para o entrada dos veículos.
A novidade promessa é de que a inauguração solene da Ponte da Integração, marcada e desmarcada diversas vezes, ocorra em dezembro de 2025, apesar da antiga demanda pela estrutura. Há quase seis décadas, os moradores do oeste do estado cobram uma opção para cruzar a fronteira, diariamente, pela Ponte Internacional da Amizade.
A subida demanda mercantil entre Foz e Ciudad del Oriente, que fica do lado paraguaio do rio Paraná, provoca longas filas, engarrafamentos e um tempo de espera que pode persistir mais de 3 horas.
Rodovias de entrada e aduanas ainda precisam ser concluídas
O prazo de entrega até o término do segundo semestre do próximo ano foi confirmado pelo Ministério dos Transportes à Jornal do Povo. Em nota, a pasta reitera que a estrutura mediano já está concluída e que “estão em execução os acessos e a estrutura alfandegária”. A obra está sendo executada por meio de convênio com o estado do Paraná, Itaipu e o Departamento Vernáculo de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
A Secretaria de Infraestrutura e Logística do Paraná (Seil) informou que uma das principais obras para a liberação da ponte é a construção da Perimetral Leste de Foz do Iguaçu, que está em curso. Em outubro, a estrada estava com 46,27% de realização. A novidade rodovia vai conectar a BR-277 e a Ponte da Integração Brasil-Paraguai, também sendo um novo entrada para a Ponte Tancredo Neves, na fronteira com a Argentina.
A Perimetral Leste de Foz do Iguaçu está sendo construída pela Seil, com a governo e fiscalização do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR). A Itaipu Binacional, responsável pelo financiamento da obra, investiu aproximadamente R$ 63,3 milhões até o momento no projeto.
A Perimetral Leste vai conectar a Ponte da Integração ao bairro Porto Meira, em Foz do Iguaçu, e segue até a Ponte da Fraternidade (Brasil-Argentina). Atualmente em obras, o projeto abrange 15 quilômetros de rodovia, um viaduto de entrada à Ponte Tancredo Neves, na relação com a Argentina, além de viadutos de entrada a Porto Iguaçu e no entroncamento com a Rodovia das Cataratas (BR-469).
Aliás, é necessária a desenlace das obras das novas instalações para as aduanas nas fronteiras com a Argentina e Paraguai. Em resposta à Jornal do Povo, a Itaipu Binacional esclareceu que “é responsável pelos aportes financeiros das mencionadas obras, que estão sendo cumpridos rigorosamente, conforme convênio firmado entre as partes envolvidas”.
Empresários locais destacam papel da Ponte da Integração, além do trânsito
O presidente do Recomendação de Desenvolvimento da Região Trinacional (Codetri), Roni Temp, afirma que o impacto financeiro, econômico e social do demora é “imensurável” para região que espera há décadas pela ponte opção na fronteira.
Ele afirma que utiliza a Ponte da Amizade há 20 anos e que tem escoltado de perto os trabalhos. “Houve muita falta de planejamento para essa obra, pois não é apenas a ponte. A perimetral é essencial para retirar os caminhões do centro de Foz de Iguaçu”, afirma Temp, que considera a exórdio para o trânsito até o final de 2025 uma vez que uma “expectativa otimista” por secção das autoridades.
O presidente da Associação Mercantil e Empresarial de Foz do Iguaçu (Acifi), Danilo Vendruscolo, disse que conhece todo o cronograma e as etapas das obras e que a morosidade era esperada pela complicação da estrutura e ajustes necessários, uma vez que o aumento do tamanho das aduanas nas fronteiras.
“A parte mais importante, na nossa visão como sociedade, é que com as obras entregues haja uma agilidade muito maior nos trâmites fronteiriços. Não basta apenas entregar a infraestrutura em si, mas os procedimentos aduaneiros de todos os órgãos com mais rapidez e melhorar o processo de integração no Mercosul”, ressalta.
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