Os 43 senadores que viajaram para o exterior neste ano gastaram R$ 3,5 milhões com diárias e passagens. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco PSD-MG), torrou mais R$ 366 milénio com viagens em jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB). Ele viajou para Buenos Aires e Roma, onde fez visitante de cortesia ao presidente do Senado Italiano. Contando com as diárias dos seguranças e assessores do presidente (mantidas sob sigilo), a gastança de todos os senadores chega a R$ 4 milhões.
Senadores do PSD estão entre os que mais gastaram com viagens de missões oficiais no exterior. Os oito senadores do partido fizeram despesas no valor totalidade de R$ 1,3 milhão. O líder do ranking da gastança nas viagens em aviões de curso é Nelsinho Trad (PSD-MS), com R$ 263 milénio. Laércio Oliveira (PP-SE) gastou R$ 4.210 milénio. No ano anterior, havia torrado R$ 318 milénio com viagens internacionais. Mara Gabrilli (PSD-SP) gastou R$ 203 milénio neste ano. As despesas de Jorge Seif (PL-SC) chegaram a R$ 192 milénio. Irajá (PSD-TO) gastou R$ 190 milénio. Quinze senadores gastaram mais de R$ 100 milénio com viagens pelo mundo.
Pacheco nas asas da FAB
Confira:
Em setembro, Pacheco esteve na comitiva presidencial na Reunião Universal das Nações Unidas. O presidente do Senado acompanhou, ao lado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o exposição no presidente Lula na lisura dos debates dos chefes de Estado. Pacheco recebeu do Senado cinco meias diárias no valor totalidade de R$ 8,4 ml. Não é provável apurar quanto custaram as diárias de assessores e seguranças que o acompanharam. Esses dados foram colocados sob sigilo no procuração de Pacheco na presidência do Senado.
Pacheco viajou em jatinho da FAB para compromissos em Roma, de 9 a 15 de outubro. Ele cumpriu agenda solene no Senado italiano “para a troca de iniciativas comuns entre as casas legislativas”, segundo informou a assessoria do Senado. Reuniu-se com o presidente do Senado italiano, Ignazio La Russa, com o senador Pier Casini e com o deputado Fabio Porta. “Os encontros foram ainda uma retribuição às visitas recentes de autoridades italianas alusivas aos 150 anos da imigração italiana no Brasil, celebrados neste ano”, acrescentou a assessoria. Enfim, foi uma troca de salamaleques.
Mas custou custoso. As 25 horas de voo, ida e volta a Roma, considerando somente o dispêndio da hora-voo do jatinho, custaram R$ 280 milénio. Não é provável apurar quanto custaram as diárias de seguranças e assessores. Esses dados estão sob sigilo. O presidente do Senado já havia feito uma viagem em jato da FAB para a Argentina, no final de fevereiro, para missão solene na Faculdade de Recta e Ciências Sociais da Universidade Pátrio de Buenos Aires, a invitação do Instituto Justiça e Cidadania. Mais R$ 84 milénio de despesas com a avião. Quanto às diárias dos seguranças.
Os líderes de gastos
Trad afirma que as missões realizadas refletem o seu compromisso com pautas estratégicas. O parlamentar é presidente de dois colegiados que reúnem países do Mercosul e do território amazônico: o Parlamento do Mercosul (Parlasul) e o Parlamento Amazônico (Parlamaz). O senador afirma que liderou debates com parlamentares do conjunto e da União Europeia sobre o Consonância Mercosul-União Europeia, cuja assinatura foi anunciada em 2024 posteriormente mais de duas décadas de negociações.
Laércio Oliveira
Laércio Oliveira viajou para Washington, em março, para “participar de debates com o governo e parlamento norte-americano” sobre o tema lucidez sintético. A sua passagem, na classe executiva, custou 46 milénio. Ele recebeu mais R$ 12,3 milénio em diárias. Em novembro, retornou a Washington para participar do Programa de Eleições nos Estados unidos. A passagem custou R$ 34 milénio, na classe executiva. Ele passou 11 dias na capital americana para um programa de 6 dias. Recebeu 6 diárias no valor totalidade de R$ 20 milénio.
Mara Gabrilli afirmou ao blog que foi indicada pelo governo brasílico para disputar uma cadeira no Comitê da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência – função não-remunerado e custeado pela ONU. Em abril, a senadora esteve na sede da ONU, onde acompanhou os debates do Fórum Permanente de Questões Indígenas e do Fórum da Juventude. Em junho, participou da 17ª Conferência dos Estados Partes da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, também na sede da ONU.
Em agosto, a invitação do Comitê Paralímpico Brasílio (CPB), acompanhou os Jogos Paralímpicos de Paris. Afirmou que, além de prestigiar o paradesporto brasílico, reuniu-se com a vice-prefeita de Paris, Lamia El Aaraje, para saber as iniciativas de acessibilidade implementadas na capital francesa.
Evento com lideranças espaciais
O senador Astronauta (PL-SP) gastou R$ 188 milénio com viagens ao exterior. Ele afirmou ao blog que “a crise fiscal do país não pode ser utilizada como argumento para paralisar ou limitar os trabalhos do Poder Legislativo, que têm como objetivo atender às necessidades do país e estabelecer parcerias estratégicas para o desenvolvimento nacional. No caso das viagens internacionais, é preciso analisar os resultados práticos e os benefícios trazidos para áreas como ciência, tecnologia e inovação”.
“Isto posto, como vice-presidente da Comissão Interna sobre Inteligência Artificial no Brasil, fui para Washington participar de debates com o governo e o parlamento norte-americano sobre o assunto para construir a regulamentação brasileira. Participei da visita ao Nacional Cyber-Forensics, uma referência mundial em cibersegurança, além de participar de intercâmbio discutindo as melhores práticas digitais para fortalecer a segurança tecnológica no Brasil”.
Ele acrescentou que esteve na Holanda para participar do evento com lideranças espaciais globais que discutiram a exploração espacial e o porvir do setor. aqui no Senado, aprovamos a chamada Lei Universal do Espaço, na qual fui relator. Os demais senadores procurados não se manifestaram.
O vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rego, gastou R$ 170 milénio em viagens internacionais neste ano. Viajou pouco, mas gastou muito. As passagens para o evento PRODEXPO-2024 e reuniões com autoridades de Moscou, empresários e especialistas de diversas áreas, em fevereiro, custaram R$ 46 milénio, na classe executiva. Para o 10º Fórum Parlamentar do Brics, em San Petesburgo (Rússia), as passagens custaram mais R$ 53 milénio. Em novembro, viajou para Baku (Azerbaijão) para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29). Não há registro de passagens. Nas três viagens, recebeu diárias no valor de R$ 68 milénio.