Um estudo anual realizado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) mostra uma melhora universal no desenvolvimento socioeconômico dos municípios do Paraná. O mais recente Índice Ipardes de Desenvolvimento Municipal (IPDM), referente ao ano de 2022, aponta que a média universal do estado passou de 0,7291 para 0,7414 em confrontação ao levantamento anterior.
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O índice é calculado com base em três grandes áreas: saúde, ensino e renda. Juntos, os setores possibilitam o operação do índice universal do estado e dos 399 municípios. Assim uma vez que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), calculado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o índice paranaense varia de 0 a 1 – quanto mais próximo do teto, melhor o indicador.
Cidades são classificadas em quatro níveis de desempenho
Confira:
- 1 Cidades são classificadas em quatro níveis de desempenho
- 2 Governo comemora aumento nas cidades no topo da tábua do Ipardes
- 3 Curitiba lidera ranking universal do Ipardes desde início da série histórica
- 4 Ranking da Ensino teve melhores notas
- 5 Ranking da Saúde tem mais de 300 municípios na fita mais subida de avaliação
- 6 Ranking da Renda é o que tem as piores avaliações, aponta Ipardes
Posteriormente o operação, os municípios são divididos em quatro degraus de desempenho: inferior (de 0 a 0,4), médio-baixo (de 0,4 a 0,6), médio (de 0,6 a 0,8) e cumeeira (de 0,8 a 1). Nas contas do Ipardes, 47 municípios alcançaram a classificação mais subida, o maior número desde o início da série, em 2010. Em 2021 eram 29 os municípios nesta quesito, o que indica um desenvolvimento de 62% no período.
No outro extremo da tábua, quatro cidades aparecem com pior desempenho no índice contra 10 municípios no levantamento anterior. Todas correspondem à classificação de desempenho médio-baixo no IPDM. O último ano em que um município do estado obteve índice subordinado a 0,4, a mais baixa da mensuração feita pelo Ipardes, foi 2013. Entre aquelas cidades com desempenho médio, as contas do IPDM mostram que eram 360 em 2021, passando para 348 no levantamento mais recente.
Governo comemora aumento nas cidades no topo da tábua do Ipardes
A redução entre as cidades com IPDM mais inferior e o aumento de municípios na ponta da tábua do Ipardes é comemorada por representantes do governo do Paraná. Para o secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, a presença de mais municípios muito colocados no topo do índice é um sinal de que “as políticas públicas estão funcionando”.
“Um grau elevado no crescimento da educação, de renda e da saúde é uma preocupação que nós temos. É poder interiorizar e levar o desenvolvimento para todos os municípios, evitando o fluxo migratório das pequenas para as médias e grandes cidades”, avalia.
De convenção com ele, uma das preocupações do estado é minimizar esse movimento migratório interno, que resulta em ações para manter as pessoas nas cidades de origem, com qualidade de vida e alternativas de ocupação nos municípios. “Com esses números nós vamos refletir, analisar com muito critério, para que possamos calibrar as políticas públicas e o orçamento estadual”, completa.
Para o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, os bons resultados são fruto de um trabalho conjunto entre setores público e privado. “Muitos municípios tiveram evolução nos aspectos de renda, de saúde e de educação. É uma somatória de esforços dos gestores, dos empreendedores e das condições que o estado tem oferecido em termos de fomento e infraestrutura para que esse desenvolvimento ocorra”, ressalta.
Curitiba lidera ranking universal do Ipardes desde início da série histórica
No índice universal, Curitiba segue sendo o município mais muito posto no IPDM, situação que se repete desde o início da série histórica em 2010, com um índice de 0,9013. A capital é seguida de Palotina e Toledo, no oeste, com 0,8696 e 0,8582, respectivamente; Quatro Barras (RMC), com 0,8547; e Cafelândia (oeste), com 0,8525. Completam a lista dos 10 maiores índices Santo Inácio (setentrião – 0,8518), Maringá (noroeste – 0,8464), Dois Vizinhos (sudoeste – 0,8368), Sabáudia (setentrião – 0,8360) e Cascavel (oeste – 0,8330).
A liderança de Curitiba no índice vem, ao longo dos anos, passando por leves mudanças. Nos anos de 2014 e 2015 houve a maior diferença em relação ao segundo lugar na lista do IPDM. O ano de 2015 foi o primeiro em que outra cidade além da capital conseguiu uma pontuação maior do que 0,8. Naquele ano, Palotina e Toledo entraram no rol dos municípios com melhor desempenho no índice, lugar que seguem até o levantamento mais recente.
Nos últimos cinco anos de IPDM, porém, a vantagem de Curitiba sobre as outras cidades nunca foi tão pequena. Destaque para o ano de 2020, em que Douradina, no noroeste do estado, ficou unicamente 0,0103 ponto detrás da capital paranaense. A diferença no último levantamento é de 0,0317 para Palotina.
Ranking da Ensino teve melhores notas
Quando se observa unicamente a extensão da ensino, são 351 os municípios na categoria mais subida do IPDM. Neste quesito, os pesquisadores levam em conta critérios uma vez que atendimento à ensino infantil, taxas de desarrimo, distorção idade-série, Índice de Desenvolvimento da Ensino Básica (Ideb) e qualificação dos docentes (porcentagem com ensino superior). A média do estado nesta extensão é de 0,8781 em 2022, contra 0,8668 em 2021.
Bom Jesus do Sul, no sudoeste, é o município com a maior classificação, de 0,9966. Serranópolis do Iguaçu (oeste – 0,9902), Atalaia (setentrião – 0,9829), Rio Preto (RMC – 0,9825), Ariranha do Ivaí (setentrião – 0,9807), Entre Rios do Oeste (oeste – 0,9787), São Manoel do Paraná (noroeste – 0,9771), Doutor Camargo (setentrião – 0,9771), Verê (sudoeste – 0,9734) e Japurá (noroeste – 0,9723) fecham o top 10 com as melhores classificações.
Ranking da Saúde tem mais de 300 municípios na fita mais subida de avaliação
Para qualificar os municípios no setor da saúde, o Ipardes avalia dados uma vez que percentual de consultas pré-natais, participação dos óbitos listados uma vez que causas mal definidas e razão de óbitos de crianças menores de cinco anos por causas evitáveis. Neste critério, são 302 municípios dentro da fita mais subida de classificação do IPDM, com uma média estadual de 0,8495.
Diamante do Setentrião, na região noroeste, é o principal destaque, com IPDM de 0,9999. Inajá (noroeste – 0,9927); Cambira (setentrião – 0,9910); Campo Bonito (oeste – 0,9873); Mirador (noroeste – 0,9850); Vera Cruz do Oeste (oeste – 0,9839); Janiópolis (centro-oeste – 0,9835), São Manoel do Paraná (noroeste – 0,9803); Tamboara (noroeste – 0,9797); e Pinheiral de São Bento (sudoeste – 0,9795) completam a lista de municípios com os melhores IPDM.
Ranking da Renda é o que tem as piores avaliações, aponta Ipardes
O critério com os piores resultados é o de renda, que leva em consideração a remuneração do trabalho, o número de empregos formais (carteira assinada) e a produção agropecuária. Somente Curitiba obteve nota suficiente para permanecer na fita mais subida de desempenho.
Na fita de médio desempenho, estão 42 cidades paranaenses. Os municípios com avaliação média-baixa somam 333, enquanto outras 23 foram classificados uma vez que sendo de inferior desempenho, o pior da série. A média estadual no quesito foi de 0,4967 em 2022.
Além de Curitiba com IPDM de 0,8591, Ortigueira (Campos Gerais – 0,7760), Quatro Barras (0,7610), Santo Inácio (0,7530) e Carambeí (Campos Gerais – 0,7438) são as mais muito colocadas. Palotina, Cafelândia, Jussara, Araucária, Toledo e Maringá fecham a lista de cidades com índices supra de 0,7.