Dentro do Palácio do Planalto, assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) observaram um aumento significativo no exposição de direita nas redes sociais nas últimas semanas. Eles relacionam esse movimento à vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA.
Para combater isso, o governo prepara uma “ofensiva digital” e pretende finalizar uma novidade licitação para contratar empresas de notícia do dedo em breve, afirmou a Mundo News.
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No Palácio do Planalto, o diagnóstico indica que a Secretaria de Informação Social (Secom) não possui pessoal, recursos e estrutura para competir com a direita. Por isso, a contratação de empresas especializadas tornou-se prioridade.
Planalto prepara ofensiva do dedo contra extrema-direita. Segundo apuração de @guibalza: governo quer concluir licitação para contratar empresas de notícia, e o marketeiro Sidônio Palmeira fica cada vez mais próximo de assumir o função de Paulo Pimenta na secretaria de… pic.twitter.com/P7bfEP7Ewq
— GloboNews (@GloboNews) 12 de dezembro de 2024
Licitação do governo Lula foi suspensa pelo TCU
Uma licitação realizada no meio do ano, com dispêndio estimado em R$ 197 milhões anuais, foi suspensa pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por conta de possíveis irregularidades. Esse problema ainda não foi resolvido.
Durante um evento do PT na sexta-feira 6, o presidente demonstrou insatisfação com o veste de, em dois anos de governo, a licitação não ter sido concluída. Lula afirmou que o governo precisa melhorar sua notícia e garantiu que ajustes ocorrerão.
Dentro do Planalto, acredita-se que essa seja uma das principais razões para a provável substituição do ministro da Secom, Paulo Pimenta. A Consultoria Jurídica da Secom analisa a novidade licitação e planeja finalizá-la nos próximos meses.
Sidônio Palmeira, publicitário e verosímil substituto de Pimenta, negocia para assumir um papel no governo. Para concordar o função, ele exige ter controle totalidade sobre as áreas da Secom e a possibilidade de trazer sua equipe de crédito. O marqueteiro, que possui vários negócios na Bahia, também precisaria se distanciar de suas atividades empresariais para atuar em Brasília.

De tratado com o g1, fontes do Planalto avaliam que sua ingresso no governo é muito provável. Entretanto, os detalhes sobre suas funções ainda precisam ser definidos.
No Palácio do Planalto há um consenso de que as dificuldades de notícia do governo também refletem problemas de coordenação política
Dentro da Secom, há um consenso de que as dificuldades de notícia do governo também refletem problemas de coordenação política. O entendimento aponta para a falta de estratégia e organização no núcleo de governo, o que impacta diretamente a eficiência da notícia. Sidônio compartilha dessa visão e defende que política, gestão e notícia devem atuar de forma integrada.
Outro duelo identificado é a fragmentação dentro da própria Secom. Auxiliares de Lula, uma vez que Ricardo Stuckert e José Chrispiniano, possuem relação direta com o presidente ou a primeira-dama, Janja da Silva. A secretária de Estratégia Do dedo, Brunna Rosa, possui histórico de colaboração com Franklin Martins e também é próxima de Janja. Essa pluralidade de relações dificulta a construção de uma estratégia unificada.
Assessores próximos ao presidente destacam que uma notícia mais eficiente depende também de uma mudança de postura do próprio Lula, que ainda não se adaptou plenamente ao universo do dedo. Aliás, eles sugerem que o presidente participe mais de entrevistas e pronunciamentos em prisão vernáculo. O próprio PT defende essa medida uma vez que principal.