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Home - Diversos - Dois cérebros em um

Dois cérebros em um

Escrito por Jones Rossi10 de dezembro de 2024Updated:10 de dezembro de 2024Tempo de Leitura 9 Mins
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dois cerebros em um
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A concepção materialista e mecanicista da verdade e do ser humano, difundida na cultura ocidental ao longo dos últimos séculos, é, segundo os seus defensores, aquela que corresponde ao progresso científico. O psiquiatra e filósofo britânico Iain McGilchrist critica-o com base em pesquisas recentes sobre o cérebro.

Ludwig Wittgenstein afirmou que, mesmo que chegássemos a um conhecimento exaustivo das causas materiais da existência, teríamos que continuar a perguntar sobre o sentido da vida, da morte e do mundo porquê um todo. Compreender a verdade requer “dualismo cognitivo”, porquê concluiu o filósofo inglês Roger Scruton, ou seja, dois modos de conhecimento em níveis de raciocínio diferentes, mas paralelos.

Esta eminência é partilhada, desenvolvida e refinada do ponto de vista da organização cerebral por Iain McGilchrist, psiquiatra, membro da Liceu Real de Psiquiatria do Reino Uno, noticiarista, filósofo e velho professor de literatura em Oxford, e elaborada nos seus livros The Master and His Emissary (2009) [O mestre e seu emissário, sem edição no Brasil] e no mais recente e enciclopédico The Matter with Things: Our Brains, Our Delusions and the Unmaking of the World (2021) [A questão das coisas: nossos cérebros, nossas ilusões e a destruição do mundo], sua obra-prima de três milénio páginas em dois grandes volumes. Baseada em uma infinidade de estudos neurológicos, físicos e filosóficos, esta obra levou mais de dez anos de dedicação totalidade e está dando muito que falar nos meios científicos e filosóficos, onde já é considerada uma referência forçoso.

Duas maneiras de apreender o mundo

Confira:

  • 1 Duas maneiras de apreender o mundo
  • 2 Fontes de conhecimento
  • 3 Cultura atual e cientificismo
  • 4 Um novo paradigma cultural
  • 5 O sentido da vida

McGilchrist demonstra que diferentes funcionalidades no processamento mental correspondem à subdivisão morfológica em dois hemisférios do cérebro. Um, o do hemisfério esquerdo, com foco preciso e analítico, dissecando a verdade e projetado para controlar – e não compreender – o mundo; é uma visão muito linear na sua percepção, sem nuances, e com conclusões rápidas e definitivas. A outra, a do hemisfério recta, é exatamente o oposto: maleável, vigilante, ocasião, jacente e sem preconceitos, desenhada para estar cauteloso ao que acontece ao nosso volta. O seu objetivo é ajudar a compreender o mundo, não manipulá-lo, a ver o todo e a nossa relação com ele, matizada e consciente do contexto.

Nossos cérebros lidam com os dois tipos de atenção e, porquê regulam o tipo de percepção, alternamos continuamente entre duas versões do mundo. O do hemisfério esquerdo é um universo de coisas gerais, familiares e previsíveis, porquê um planta, simples e útil; hemisfério que é a sede dos aspectos analíticos da linguagem (não dos aspectos semântico-pragmáticos, que residem sobretudo no recta).

A forma de pensar da nossa cultura continua a ser dominada pelo ultrapassado padrão de reducionismo mecanicista do século XVIII

Em contraste, o mundo do hemisfério recta é porquê uma rede em que tudo é novo, único e mutável, fluindo em relação com tudo o resto e gerando continuamente novas realidades. É um mundo que não podemos contemplar porquê espectadores porque somos segmento e efeito da nossa relação com ele; um mundo porquê o da trova, da música, do humor, da matemática ou da física, em que tudo surge das relações e do contexto.

Um poema ou uma piada, por exemplo, perde todo o sentido ao tentar explicá-las analiticamente por meio da linguagem, ou uma peça músico ao tentar dissecá-la em partes até chegar a uma nota insignificante. O paixão em si, mas não o seu noção, também não é explicável pela linguagem. Da mesma forma, o sentido do sagrado e tudo o que tem a ver com o sentido último das coisas só pode ser entendido indiretamente, através de metáforas ou mitos, que são anulados ao tentar torná-los explícitos.

Fontes de conhecimento

McGilchrist rejeita a ideia simplista de que a ciência e a razão analítica são domínio do hemisfério esquerdo e a percepção e imaginação do recta. Cada hemisfério utiliza diferentes formas de conhecimento – ciência, razão, percepção – mas de forma dissemelhante e de concórdia com a sua natureza. O hemisfério esquerdo, autodirigido, internamente consistente e processual, está prestes para sacrificar a verdade pela conformidade, e o recta, orientado externamente, receptivo e desimpedido, pronto para sacrificar a conformidade, se necessário, para obter a verdade.

O pensador britânico distingue quatro principais portais de chegada ao conhecimento: atenção, percepção, perceptibilidade – cognitiva, social e emocional – e originalidade. Embora ambos os hemisférios os utilizem, a taxa do recta é sempre maior que a do esquerdo, porquê demonstram inúmeros estudos clínicos relacionados a disfunções de ambos os hemisférios. Somente ao manipular um tanto a ser usado é que o esquerdo é superior; mas quando se trata de compreender nosso corpo e sua relação com outros seres tridimensionais e contínuos, ou agir com perceptibilidade espacial ou temporal, sucumbe retumbantemente.

McGilchrist conclui que não se pode responsabilizar somente numa das fontes de conhecimento mencionadas e que, sempre que provável e tempestivo, todas as quatro devem ser envolvidas para obter a plena compreensão. Ele acha que os intelectuais ocidentais tendem a priorizar a ciência e a razão analítica, e a negligenciar a percepção e a imaginação, que foram o início de grandes descobertas, por exemplo, matemáticas.

Cultura atual e cientificismo

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McGilchrist descreve a situação da cultura atual desta forma, apesar de todo o progresso no conhecimento humano dos últimos séculos: “A maneira de pensar da nossa cultura continua a ser dominada pelo modelo ultrapassado do reducionismo mecanicista do século XVIII, apesar das descobertas da física quântica e a crescente compreensão de sistemas complexos, que a contradizem. Apresenta-se um cosmos determinista, como uma máquina exclusivamente material, plenamente compreensível através da análise de suas partes, sem liberdade criativa.”

As explicações materialistas, muitas vezes invocadas porquê autoevidentes, revelam-se inúteis quando se considera que nem mesmo a física atómica revela verdadeiramente o que é a material, nem podemos, por exemplo, responsabilizar nela para explicar um tanto tão multíplice porquê a consciência pessoal. Se for assumido um cosmos puramente material e mecanicista, surge o problema de porquê a perceptibilidade ex novo pode surdir de um universo sem perceptibilidade, que por sua vez se dedica a tentar compreendê-la, e a compreender-se, para finalmente achá-la compreensível.

McGilchrist propõe um novo paradigma cultural não materialista, consistente com a ciência do cérebro e a física e com importantes escolas de pensamento

Ambas as perspectivas – a do hemisfério esquerdo e a do recta – são vitais para a nossa sobrevivência, pois, por um lado, precisamos simplificar, verbalizar e separar-nos do mundo para manipulá-lo, e ao mesmo tempo, pertencer e compreender a complicação que nos rodeia.

McGilchrist insiste que a experiência do mundo real se origina no hemisfério recta, move-se para a esquerda para processamento e retorna para a direita para síntese em seu contexto global, da mesma forma que um músico que ouve uma peça músico a divide em notas, aprende com esforço, e depois a toca intuitivamente.

A tendência de ver o mundo através de lentes estreitas e materialistas está relacionada com a influência excessiva da visão do hemisfério esquerdo nos ambientes intelectuais ocidentais. Em contrapartida, uma maior influência do hemisfério recta implicaria uma perspectiva mais holística, corporificada e magnânima, atendendo tanto a uma visão global porquê às partes componentes, incentivando o uso da imaginação e da percepção para melhor se relacionar com a verdade e conectar-se com o sagrado e o divino, que sem incerteza intuímos, porquê comprovam muitos séculos de história e culturas.

Um novo paradigma cultural

McGilchrist propõe um novo paradigma cultural fundamentado no que pode ser aprendido através da ciência e da razão em combinação com a percepção e a imaginação. Isto é consistente com o modo do hemisfério recta, que evoluiu para ser o nosso principal meio de compreender o mundo e de nos relacionarmos uns com os outros, com o mundo vivo e com o reino do divino, elementos que tradicionalmente nos deram um tino abrangente de ancoragem e pertencimento.

E ele observa que oriente paradigma é congruente com a ciência do cérebro e a física e com um número crescente de importantes escolas de pensamento, particularmente as dos pragmáticos, filósofos do processo e fenomenólogos, muito porquê com as antigas tradições de sabedoria orientais e ocidentais.

O sentido da vida

Assim porquê o significado de uma sentença é percebido no hemisfério recta, que o passa para a esquerda para ser analisado constitutivamente e retorna para a direita para restaurar os aspectos semântico-pragmáticos (tom, ironia, humor, etc.) derivados do conhecimento do contexto e do mundo em universal, a nossa capacidade de manipular o mundo cresceu paralelamente à nossa dificuldade em desenredar o seu significado. E para o hemisfério esquerdo, a procura de significado não tem sentido, pois só está equipado para indagar, manipular e tratar o mundo porquê uma abstração.

Nosso responsável contempla a questão do sentido da vida a partir da perspectiva do hemisfério recta, que se conecta com valores transcendentais, e remonta aos irredutíveis princípios platônicos da verdade, do muito e da venustidade. Esses valores foram degradados, descartados ou negados na perspectiva de muitos intelectuais modernos: eles acreditam que somente a ciência pode responder a todas as nossas questões e, no sumo, consideram-nos emanações úteis de um cosmos puramente material, em vez de fins na verdade eles mesmos.

Na verdade, são valores que não podem ser justificados pelos seus resultados práticos, inseparáveis ​​da nossa experiência emocional mais profunda e perfeitamente sintonizados com o hemisfério recta. A estes McGilchrist acrescenta o sentido do sagrado e do paixão. E, finalmente, ele argumenta que tais valores não são substantivos primitivos ontológicos independentes, mas sim qualidades adjetivas do primitivo ontológico final, Deus.

No final do seu livro ele salienta que ou reconhecemos Deus ou inventamos um Deus apropriado aos nossos pobres recursos psicológicos, sacralizando as nossas ansiedades e ambições e projetando no cosmos o nosso libido de estudo e controlo de todas as facetas do nosso envolvente. Esta é a idolatria que nos degrada; diante disso, o trabalho de McGilchrist constitui um incentivo urgente para repensar a forma porquê entendemos o pensamento.

leia o artigo original em www.gazetadopovo.com.br

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