O governador Ronaldo Caiado, de Goiás, 75 anos, já admitiu que pode concorrer nas próximas eleições presidenciais, em 2026. Sendo candidato ou não, no entanto, ele tem defendido o estabilidade para aglutinar as forças de direita e tirar o PT do poder.
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Ele procura deixar no pretérito a imagem de ruralista ofensivo e radical, revelada em 1989, quando despontou no cenário vernáculo uma vez que candidato a presidente. Segundo o governador, esta imagem remetia a uma situação que não é real.
Naquele tempo, uma vez que uma missão familiar, Caiado, nascido em Anápolis em 25 de setembro de 1949, era o líder da União Democrática Ruralista (UDR). A instituição serviu uma vez que uma precursora do que anos depois seria a bancada ruralista na Câmara dos Deputados.
“Minha essência não mudou, o que ocorre é que quando eu apareci para o Brasil eu era o único candidato que defendia o produtor rural nos meios de comunicação e naquele tempo isso parecia estranho ao público”, afirma o governador a Oeste.
Filiado ao União Brasil, Caiado desenvolveu uma rede de contatos que o faz transitar por vários espectros políticos na Câmara Federalista, no Senado e dentro de seu Estado.
Enquanto conversava com a reportagem, em evento na capital paulista, cumprimentou, com um caloroso amplexo, o legisperito e ex-deputado Roberto Freire. Entre 1985 e 1992, quando Caiado era da UDR, Freire era filiado ao Partido Comunista Brasílico (PCB).
A moderação, segundo Caiado, não o distancia de seus próprios ideais e projetos.
Foi assim, por exemplo, quando ele apoiou Sandro Mabel para a Prefeitura de Goiânia nas últimas eleições municipais. Mesmo filiado ao União Brasil, o coligado Mabel teve algumas divergências com Caiado durante sua trajetória uma vez que empresário e político.
“Apoiei a candidatura do Mabel principalmente porque o considerei a pessoa ideal para solucionar problemas na cidade de Goiânia, que está sucateada”, afirmou Caiado. “Ele é o indicado para isso, por conhecer de perto os problemas da cidade.”
Caiado reconheceu que, mais importante do que as discordâncias, uma vez que quando Mabel presidia a Federação da Indústria de Goiás (Fieg) e ele era governador, o foco dele foi unir forças para resolver as dificuldades da capital do Estado.
Polêmicas e conquistas
Antes de se firmar na política, Caiado dividiu sua justificação com a Medicina. Passou segmento de sua juventude fora do Brasil, o que o ajudou a ampliar sua visão de mundo e o diferenciou do perfil tradicional de sua família, historicamente ligada ao poder político regional e à gestão de grandes propriedades rurais.
Formou-se pela Universidade Federalista do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), especializou-se em Ortopedia e Cirurgia da Pilastra, com cursos complementares na França.
Fora do Brasil, Ronaldo Caiado aprofundou seu conhecimento nos avanços superfície médica e, ao mesmo tempo, entrou em contato com perspectivas globais.
O estilo elegante, de galã com cabelos sempre muito aparados, que foram embranquecendo, aos poucos foi se mostrando presente também na personalidade do atual governador de Goiás. Antes de assumir leste posto no Executivo, ele passou por cinco mandatos de deputado federalista (1991-1995 e 1999-2015) e um de senador (2015-2019).
Ele se mantém uma vez que um dos principais opositores da esquerda brasileira e crítico dos governos do Partido dos Trabalhadores (PT). Já definiu o Movimento sem Terreno (MST) uma vez que uma “organização criminosa”. Foi um dos principais articuladores do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Votou não exclusivamente pelo prosseguimento do processo, uma vez que pelo cumprimento da pena que envolvia a perda do procuração da ex-presidente, um tanto que não ocorreu.
“Sou aberto ao diálogo, sempre gostei de conversar, trocar ideias”, ressalta ele. “Acontece que, nem por isso, deixo de ter minha posição e minhas convicções. Nunca tive medo de expor minha opinião e o lado que defendo.”
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Ao longo da curso ele também precisou se tutelar de acusações. Entre elas, as do portanto senador Demóstenes Torres.
Em 2015, Torres, depois de ter sido cassado por quebra de decoro, em 2012, afirmou que campanhas de Caiado receberam verbas do bicheiro Carlos Catadupa. Caiado negou as acusações, interpelou Torres na Justiça e o caso não teve desdobramentos.
O caminho da política não distanciou Caiado das polêmicas. Neste balanço, porém, ele próprio, uma vez que médico, faz o seu diagnóstico.
“Posso dizer que fui um desbravador.” Do que hoje se labareda agronegócio.