O deputado federalista Gustavo Gayer (PL-GO) pediu à Secretaria de Notícia do Governo Federalista (Secom) detalhes sobre os pagamentos feitos pelo Palácio do Planalto à TV Orbe.
Segundo apuração do portal O Opositor, em menos de dois anos, a emissora já recebeu R$ 177,2 milhões em publicidade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tapume de R$ 200 milénio a mais do que tinha recebido nos quatro anos da gestão de Jair Bolsonaro (PL).
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Um levantamento feito pela Veja mostrou que a emissora da família Marítimo foi a principal beneficiada com contratos de publicidade firmados pela Secom em 2024, com tapume de R$ 87,2 milhões.
O montante ultrapassa os R$ 86,3 milhões contratados ao longo de 2022, ano em que a emissora mais fechou contratos com governo Bolsonaro.
No pedido, o parlamentar questiona se os pagamentos milionários não estão comprometendo investimentos porquê em saúde e ensino, ainda mais no período em que o governo federalista tem tido dificuldades para fechar as contas públicas.
“É evidente que a publicidade governamental desempenha um papel fundamental na comunicação com a população, especialmente em tempos de crise, quando é crucial informar a sociedade sobre políticas públicas, medidas de saúde e outras ações de relevância nacional”, afirma o deputado.
“No entanto, o aumento significativo dos repasses para uma única emissora, sem uma justificativa clara e fundamentada, pode levantar suspeitas de favorecimento e de falta de diversificação na comunicação institucional do governo”, acrescenta.
Deputado também questiona gastos com “Janjapalooza”
Além dos pedidos relacionados à TV Orbe, os deputados Gustavo Gayer e Ubiratan Sanderson (PL-RS) pediram ao Tribunal de Contas da União (TCU) para transfixar dois processos para investigar eventuais gastos públicos relacionados ao Festival Contra Inópia e a Pobreza, denominado de “Janjapalooza”. O TCU acatou a solicitação nesta segunda-feira, 18.
Leia também: “Veja o momento em que suicida de Brasília entra na Câmara”
O primeiro processo vai ter relatoria do ministro Jorge Oliveira, e o segundo será relatado pelo ministro Walton Alencar Rodrigues.
Segundo o jornal Folha de S.Pauloainda não há decisão da Justiça nos processos. Porquê os dois procedimentos tratam do mesmo tema, é provável que sejam unificados e tramitem com unicamente um gabinete.
O festival ocorreu entre quinta-feira, 14, e sábado, 16, na região do Pier Mauá na cidade do Rio de Janeiro, porquê secção da programação do G20.
No pedido guiado ao TCU, Sanderson argumenta que o uso de recursos públicos em um evento, em um contexto de crise econômica no país, é incompatível com os princípios de legitimidade que regem a gestão pública.
O Federação Global Festival Contra Inópia e a Pobreza teve o patrocínio de empresas estatais, porquê Banco do Brasil, Banco Vernáculo de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa Econômica Federalista, Itaipu e Petrobras, conforme divulgado pela Folha.
Além do festival da Federação, houve recursos das estatais para o financiamento da cúpula de líderes, realizada entre segunda e terça-feira, e o encontro com a sociedade social que ocorrerá poucos dias antes.
Leia também: “PEC da Alforria: lista ultrapassa 110 deputados apoiadores”
Apoiaram ainda o evento a prefeitura do Rio, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O governo Lula disse que a teoria do festival era inspirada em “concertos internacionais como o Live Aid 1985 e o Free Nelson Mandela Concert 1988, ambos em Londres, na Inglaterra”.
Janja foi a rabi de cerimônias do festival. A intenção, de pacto com a organização, foi promover engajamento e discussão sobre o combate à inópia no mundo.
Leia também: “Atriz que falou em sequestrar deputado do PL se pronuncia”
O sobrenome do festival foi oferecido em referência ao Lollapalooza, mas a primeira-dama demonstrou irritação na sexta (15), quando uma pessoa na plateia gritou “Janjapalooza” no momento em que ela fazia um glosa sobre os shows, durante evento do G20 Social.
“Não, filha, é Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, vamos ver se consegue entender a mensagem”, disse.