Sem perspectiva de quando (e se) a exploração de petróleo na Margem Equatorial será autorizada, a Petrobras voltou a apostar na Bacia de Campos, mais antiga província petrolífera de grande porte do Brasil e cuja produção começou a declinar na dez passada.
Até 2028, a companhia pretende investir US$ 22 bilhões (quase R$ 130 bilhões, pela cotação atual) para aumentar o volume de petróleo tirado dos reservatórios da região, localizada nas águas entre as proximidades de Vitória, no Espírito Santo, e Arraial do Cabo, no litoral setentrião do Rio de Janeiro.
Esse é o maior programa de recuperação de ativos maduros em águas profundas no mundo, segundo a petroleira. O investimento será direcionado para mediação em poços já em operação, perfuração de novos poços, muito porquê para a instalação de plataformas mais modernas.
“Serão instaladas quatro novas plataformas de produção nos próximos anos, nos campos de Jubarte, Albacora, Barracuda-Caratinga e Raias Manta e Pintada (todas em Campos), e implantaremos cerca de cem novos poços, os quais serão interligados tanto nas novas unidades quanto nas já instaladas, trazendo aumento no fator de recuperação dos campos e de campanha exploratória”, informou a Petrobras para a Jornal do Povo.
No escopo do projeto ainda consta a substituição de nove plataformas por dois navios-plataforma (chamados de FPSOs).
Bacia de Campos é a segunda maior produtora de petróleo no país
O primeiro campo com volume mercantil da Bacia de Campos, chamado de Garoupa, foi desvelado em 1974. Outros achados na sequência permitiram um salto na produção brasileira de petróleo. Um dos mais significativos foi o de Albacora, encontrado em 1984, o primeiro grande campo em águas profundas do país.
Até a invenção do pré-sal, a Bacia de Campos reinou soberana no setor. Hoje ela é a segunda maior bacia em produção de petróleo, responsável por 16% do volume vernáculo. Perde para a Bacia de Santos, que graças ao pré-sal concentra 81% da produção totalidade, segundo a Dependência Pátrio do Petróleo, Gás Originário e Biocombustíveis (ANP).
Segundo a sucursal, a Bacia de Campos produziu tapume de 638 milénio barris de óleo e gás (boe) por dia em setembro. Seu vértice de produção foi em 2009, com 1,65 milhão de barris por dia, conforme dados da Petrobras.
Ao longo das décadas, foram extraídos dessa bacia 14 bilhões de barris de óleo e gás. A estimativa com os investimentos de revilatização é sustar o declínio da produção e asseverar um patamar quotidiano de 600 milénio barris até 2028.
“aqui na Bacia de Campos, desenvolvemos e testamos a maioria das tecnologias de águas profundas e muitas profundas que são utilizadas hoje em todo mundo. Essa é a grande importância da Bacia de Campos”, disse o gerente universal da Petrobras na bacia, Alex Murteira, em enunciação à sucursal EFE.
“Ela continua a ser pioneira, agora também com o maior projeto de revitalização de campos maduros no mundo”, completou.
Outro objetivo da revitalização é reduzir em 55% as emissões de gases de efeito estufa, quando comparadas ao pico previsto nas antigas unidades. Para isso, a companhia firmou parcerias para operações existentes e novas.
Nos projetos ainda em período inicial, a estatal avalia usar tecnologias de descarbonização profunda, porquê sistemas de tomada, utilização e armazenamento de carbono, eletrificação vinda de terreno ou de fontes renováveis offshore. Nos projetos antigos, o caminho, além da tecnologia, é otimizar os processos atualmente executados.
Impasse da Margem Equatorial continua
Enquanto isso, a Petrobras aguarda avaliação do Ibama para obter licença ambiental e debutar a explorar a Margem Equatorial. A diretora de Produção e Exploração, Sylvia dos Anjos, disse a jornalistas no dia 8, que, uma vez aprovada a licença, a procura por petróleo na região começa em tapume de três meses.
A Margem Equatorial consiste na fita marítima entre o litoral do Rio Grande do Setentrião e o do Amapá. É considerada o “novo pré-sal” devido ao volume mercantil estimado: tapume de 10 bilhões de barris. Deste totalidade, somente no conjunto FZA-M-59, na Bacia da Foz do Amazonas, principal ponto de interesse da Petrobras, estima-se ter 5,6 bilhões de barris, segundo a empresa.
Os blocos na Margem Equatorial foram leiloados em 2013 e até hoje não receberam a licença ambiental. O maior entrave diz reverência ao caso de vazamentos. Segundo o Ibama, os estudos apresentados até agora não trazem a segurança suficiente para a região. Além do grande potencial exploratório, a Foz do Amazonas tem um vasto bioma e a presença de povos indígenas e ribeirinhos.
No mês pretérito, a extensão técnica do Ibama recomendou o arquivamento do pedido de licença para perfuração do conjunto FZA-M-59. O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, não aceitou arquivar o processo, mas também não liberou a licença solicitada.
A petrolífera disse estar otimista com a liberação e que vai enviar o projecto de emergência detalhado para o caso de vazamento na região do Oiapoque, no Amapá, a 160 quilômetros do lugar de exploração de petróleo.