Dos 38 vereadores eleitos em Curitiba, Rafaela Lupion (PSD) foi quem mais gastou por voto no pleito de 2024. Com R$ 666,2 mil arrecadados durante a campanha, o “custo” de cada um dos 7.259 votos que ela conquistou foi de R$ 91,78.
A despesa da vereadora eleita com voto foi 3,2 vezes maior do que a média de gasto dos demais parlamentares que obtiveram uma cadeira no Legislativo da capital paranaense para a gestão 2025-2028. A média de “custo do voto” ficou em R$ 28,39. Além disso, o valor de Rafaela Lupion foi 15,6 vezes maior do que o de Bruno Secco (PMB), vereador eleito que teve menor custo com voto: R$ 5,85.
Do mesmo partido do candidato à prefeitura Eduardo Pimentel (PSD), Rafaela Lupion fez diversas publicações na rede social Instagram ao lado do vice-prefeito da capital durante a campanha eleitoral. A última delas é um vídeo publicado no domingo (20) em que o postulante ao cargo de prefeito aparece discursando.
Na legenda, a vereadora eleita escreveu: “Quando pessoas do bem se juntam no mesmo propósito de querer o melhor para nossa Curitiba, nosso objetivo fica mais próximo. Curitiba precisa de @eduardopimentel_”. Essa é a segunda eleição da qual Rafaela Lupion disputa. Em 2020, ela concorreu também para vereadora pelo Democratas e ficou na suplência.
A segunda parlamentar eleita que mais gastou em Curitiba foi Carlise Kwiatkowski (PL). Com o apoio confirmado nas urnas de 6.384 eleitores e com recursos arrecadados que somam R$ 515,9 mil, ela teve “despesa” de R$ 80,82 por voto. Carlise apostou nas figuras do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle para conquistar votos.
Nas redes sociais, Carlise publicou vídeos e fotos com os dois. Essa é a segunda eleição que ela disputa. Em 2022, concorreu ao cargo de deputada estadual, mas ficou na suplência.
Em terceiro lugar em gastos na capital paranaense está Vanda de Assis (PT). Ela conquistou o apoio de 5.006 eleitores. Como arrecadou R$ 340,7 mil para a campanha, cada voto “custou” R$ 68,07. Essa também é a segunda eleição que ela disputa. Em 2020, concorreu ao cargo de vereadora e ficou na suplência.
Para calcular o gasto por voto, a reportagem da Gazeta do Povo considerou o total de votos recebidos por cada um dos candidatos e a última atualização feita por eles sobre os recursos arrecadados na campanha no site DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A consulta dos dados foi feita em 21 de outubro. Os candidatos têm até 5 de novembro para prestarem contas à Justiça Eleitoral.
Vereador eleito pelo PMB foi quem teve a menor despesa por voto
Bruno Secco (PMB) foi quem teve o menor custo por voto entre os eleitos para a Câmara de Vereadores de Curitiba. Com 11.436 votos e R$ 66,9 mil arrecadados, a “despesa” dele por voto foi de R$ 5,85.
Do mesmo partido da candidata à prefeitura que disputa segundo turno Cristina Graeml (PMB), Secco faz diversas publicações nas redes sociais em apoio a ela. Inclusive, acompanhou a candidata no debate da Band realizado no último dia 14.
No pleito de 2020, ele disputou uma vaga de vereador em Santos (SP). Na época, ficou como suplente.
O segundo parlamentar eleito que menos gastou em Curitiba foi Olimpio – Mundo Polarizado (PL). Estreante em eleições, ele fez 7.732 votos e arrecadou R$ 52,3 mil. Com isso, as despesas de Olimpio por voto foram de R$ 6,77.
Já Sidnei Toaldo (PRD) gastou R$ 7,71 por voto e foi reeleito vereador. Ele recebeu o apoio nas urnas de 6.659 eleitores e arrecadou R$ 51,3 mil. No atual mandato, foi presidente da Comissão de Educação e participou da Comissão Meio Ambiente.