Uma das principais empresas de segurança cibernética do país vai inaugurar, em março, escritório em Curitiba. Com 24 anos de estrada, a ISH chega à capital paranaense com a expectativa de, em seu primeiro ano, já faturar um valor na casa dos R$ 30 milhões com soluções de segurança da informação, detecção de ataques e monitoramento.
A ISH atende mais de 500 clientes em toda a América Latina e tem grande penetração em grandes empresas dos setores público e privado.
A entrada em Curitiba foi possível graças a uma parceria com uma das personalidades mais respeitadas no universo da tecnologia do estado: o empreendedor, investidor-anjo e ex-diretor da Celepar (a agência de tecnologia do estado) Allan Costa. “Eu entrei no ano passado, para liderar a área de inovação da empresa, visando criar novos e melhores produtos para atender a essa crescente demanda, e para liderar a abertura da filial de Curitiba”, diz.
Para Costa, há uma crescente preocupação das empresas com segurança das informações que guarda ou gere. “Os danos causados por ataques e invasões têm gerado prejuízos crescentes e a preocupação em manter a empresa íntegra, do ponto de vista digital, está deixando de ser apenas da área de tecnologia e está se tornando um tema relevante para a alta direção. Essa preocupação tem se acentuado em função da entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados [ou LGPD, um conjunto de leis que entrarão em vigor neste ano e estabelecem cuidados das empresas com dados de seus clientes]”, diz.
“O que ocorre é que, embora o cenário seja de crescente preocupação, o tema ainda é novo no Brasil. A ISH é hoje a maior empresa de serviços gerenciados de segurança do Brasil e, estar em Curitiba, como base para atender ao Sul do Brasil, é estratégico para o nosso crescimento e se conecta com a necessidade da economia paranaense, de se adequar a essa nova realidade dos negócios na era digital, para continuar se expandindo e crescendo de maneira consistente”, destaca Costa.
Segundo a ISH, as empresas do Brasil sofreram pelo menos 60 bilhões de tentativas de ataques virtuais no ano passado. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é o segundo país no ranking dos países que tiveram mais prejuízos com ataques cibernéticos em 2019.