notíciasnoBR
  • Diversos
  • Política
  • Brasil
  • Mundo
  • História
  • Economia
  • Agronegócio
  • Últimas do Brasil
  • Bitcoin
Facebook X (Twitter) Instagram
Trending
  • Raul Gil recebe alta após tratamento de diverticulite aguda em São Paulo
  • Defesa de Bolsonaro aponta vícios em julgamento no STF
  • Procon multa Piracanjuba por confundir consumidor com embalagens
  • TCU identifica R$ 85 milhões em emendas sem projeto formal
  • CCJ retoma processo que pode cassar mandato de Carla Zambelli
  • Macron fica sem primeiro-ministro pela 6ª vez na França
  • “Evite fazer qualquer transação de criptomoedas”, diz diretor da Ledger citando ataque de larga escala Noticias No BR
  • Assista ao programa Esporte sem Firula de 8/9/2025
Facebook X (Twitter) Instagram
notíciasnoBRnotíciasnoBR
  • Diversos
  • Política
  • Brasil
  • Mundo
  • História
  • Economia
  • Agronegócio
  • Últimas do Brasil
  • Bitcoin
notíciasnoBR
Home - Diversos - Brasil na presidência dos Brics e a agenda antiocidental do grupo

Brasil na presidência dos Brics e a agenda antiocidental do grupo

Escrito por República24 de outubro de 2024Tempo de Leitura 10 Mins
Gostou? Compartilhe essa matéria Facebook Pinterest WhatsApp
Ícone Notícias
Gostou?
Facebook Pinterest WhatsApp



O Brasil assume a presidência dos Brics no próximo ano e a agenda do país à frente do grupo pode impulsionar o caráter antiocidental que o bloco tem ganhado desde 2023. Com o lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”, a agenda brasileira na presidência do bloco abraça discussões que contestam a hegemonia ocidental. Nesse sentido, o Brasil dará continuidade ao Brics Pay e tentará impulsionar o Sul Global no apoio por uma nova ordem mundial.

“Na presidência brasileira do Brics, queremos reafirmar a vocação do bloco na luta por um mundo multipolar e por relações menos assimétricas entre os países […] Agora é chegada a hora de avançar na criação de meios de pagamento alternativos para transações entre nossos países”, disse Lula durante a Cúpula de Líderes dos Brics nesta quarta-feira (23).

Embora a iniciativa tenha um viés econômico que converge com a origem dos Brics, a busca por alternativas comerciais sem o uso do dólar é observada por analistas como uma ação política do bloco. O diplomata e ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero observa que os Brics enfrentam um “duplo processo de descaracterização”, incentivado por China e Rússia.

“Por um lado, estão perdendo o perfil de um grupo que reúne países de grande extensão territorial e população, com a exceção da África do Sul, que representa o continente africano. Por outro lado, o bloco tende a se alinhar cada vez mais com a política externa da China e da Rússia, com um foco antiocidental”, afirmou Ricupero à Gazeta do Povo.

Impulsionado pelos interesses sino-russos, os Brics têm promovido discussões que questionam a hegemonia do Ocidente e da moeda norte-americana no comércio internacional. Tais discussões foram priorizadas neste ano durante a presidência russa e não deve ser diferente no próximo ano, quando o Brasil assume a liderança do bloco.

Presidência brasileira vai impulsionar implementação do Brics Pay

Confira:

  • 1 Presidência brasileira vai impulsionar implementação do Brics Pay
  • 2 Reforma da ordem mundial desejada por Lula é distorcida por interesses sino-russos
  • 3 Discurso antiocidente também é reproduzido por Lula
  • 4 Interesses da China e da Rússia sobressaem entre os dos demais países

O Brasil assume a presidência rotativa dos Brics em janeiro de 2025 e vai dar sequência a discussões sobre mudanças no sistema financeiro internacional. Conforme anunciado pelo chanceler Mauro Vieira, a presidência brasileira pretende focar na promoção do sistema de pagamentos entre os países membros dos Brics sem a utilização do dólar, incentivando o uso de moedas locais em transações comerciais.

“Temos uma série de iniciativas e de projetos para essa nossa presidência. Um deles é o sistema de pagamento internacional entre os países do Brics, que leva em conta o uso das moedas nacionais e que se possa fazer o comércio entre os países de forma mais célere e menos custosa”, disse Vieira durante coletiva de imprensa nesta quarta (23).

Vieira foi quem presidiu a comitiva brasileira durante a Cúpula de Líderes dos Brics, que ocorreu nesta semana em Kazan, na Rússia. O ministro das Relações Exteriores assumiu a chefia da delegação após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter sua viagem ao encontro cancelada por uma recomendação médica. O petista sofreu uma queda durante o final de semana que ocasionou um traumatismo craniano. Desde então, Lula está em observação.

A iniciativa citada pelo chanceler é o Brics Pay, plataforma de pagamentos que poderá servir de alternativa ao sistema Swift. A implementação do sistema é discutida entre os membros dos Brics desde 2018, mas saiu do papel somente neste ano, sob a presidência russa no bloco. A motivação para desenrolar as tratativas foi a suspensão da Rússia do Swift, o que afetou seu comércio internacional.

Swift é um sistema de mensagens de pagamentos interbancárias que permite transações financeiras baseadas no dólar entre mais de 200 países. Na prática, ele permite que pessoas, empresas, entidades e governos façam transferências internacionais de dinheiro.

“Se você usa a moeda estadunidense e os Estados Unidos sancionam seu país, você tem dificuldade de acesso a esses valores, [o que impulsiona a busca por alternativas]”, pontua João Nyegray, professor do curso de Negócios Internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Analistas, porém, enxergam o Brics Pay mais como um movimento político do que econômico. A China disputa com os Estados Unidos a liderança da economia mundial e tenta emplacar o yuan como uma moeda internacional de banco central digital capaz de competir com o dólar, que não tem perspectivas de se tornar digital. Isso se soma ainda ao interesse da Rússia em tentar minimizar seu isolamento causado pelo Ocidente.

Desde que Vladimir Putin ordenou a guerra contra a Ucrânia, a Rússia se tornou o país mais sancionado do mundo. Nesse sentido, o país foi suspenso do Swift – manobra orquestrada pelo G7 em uma tentativa de pressionar Putin a colocar um fim à guerra. Tal suspensão impulsionou o país a buscar alternativas de manter seu comércio internacional.

Reforma da ordem mundial desejada por Lula é distorcida por interesses sino-russos

O desejo de Lula por uma reforma nos tradicionais organismos internacionais não é recente e o petista defende mudanças nas Nações Unidas e nas instituições financeiras mundiais desde seus primeiros mandatos. O presidente Lula deve buscar engajar sua presidência nos Brics em busca de tais reformas, com a intenção de posicionar o chamado “Sul Global” (termo utilizado para designar os países em desenvolvimento) como atores ativos na reconfiguração da atual ordem mundial, hoje marcada pela hegemonia dos Estados Unidos.

https://diclotrans.com/redirect?id=41928&auth=49e94614f6987ef93673017ac5a16616c706109f

Na concepção de analistas, apesar de legítima, essa ambição tem sido distorcida pela crescente influência da China e da Rússia dentro do bloco. Rubens Ricupero, por exemplo, adverte que o grupo dos Brics tem se transformado cada vez mais em um palco para a projeção política e econômica da China, ao mesmo tempo em que oferece espaço para a Rússia romper com seu isolamento internacional após a guerra na Ucrânia.

“Os Brics acrescentam mais um nível de divergência [com o Ocidente] ao se converter em fórum que favorece a projeção da China e enfraquece o isolamento da Rússia após a invasão da Ucrânia”, avalia Ricupero. Para o diplomata, essa visão sino-russa, marcada por um confronto contra o Ocidente, afasta o bloco de alcançar tais objetivos.

“As chances de que o grupo consiga modificar a realidade internacional é praticamente inexistente por uma razão simples: as grandes reformas do sistema internacional […] dependem, antes de mais nada, de um elevado grau de convergência de posições e interesses como existia entre os aliados vitoriosos na Segunda Guerra Mundial. Ora, o que se tem agora é uma aguda divergência, uma tendência ao antagonismo sistemático entre as duas maiores potências [China e EUA] e seus aliados [Ocidente e Brics]”, pontua Ricupero.

Esse antagonismo limita a capacidade do grupo de implementar as mudanças desejadas por Lula e outros líderes. Pesam ainda para essa dificuldade o novo formato dos Brics, atualmente composto, em sua maioria, por países que são considerados ditaduras. Com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a expansão do grupo agregou Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã. De acordo com o Ranking da Democracia do jornal inglês The Economist, apenas Brasil, Índia e África do Sul são consideradas democracias, apesar de classificadas como “falhas”.

Discurso antiocidente também é reproduzido por Lula

Os interesses sino-russos predominam por trás dos Brics e as narrativas dos dois países encontram respaldo no governo do presidente Lula, embora não haja garantia de que o sucesso do bloco se reflita em benefícios para o Brasil. Durante seu discurso na abertura da Cúpula de Líderes dos Brics, que ocorreu por meio de videoconferência, por exemplo, o brasileiro criticou organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

O petista ainda ressaltou o trabalho do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Banco dos Brics. Ele disse que a instituição foi bem-sucedida onde as “instituições de Bretton Woods continuam falhando”. Ele se referia ao sistema comercial internacional estabelecido pelos Estados Unidos e seus aliados em 1944, que na década de 1970 foi modificado pelo fim da paridade do dólar com o ouro. O mandatário brasileiro também voltou a criticar o enriquecimento das nações desenvolvidas às custas dos países pobres.

“Os fluxos financeiros continuam seguindo para nações ricas. É um Plano Marshall às avessas, em que as economias emergentes e em desenvolvimento financiam o mundo desenvolvido”, disse Lula.

Na avaliação de Rubens Ricupero, as declarações de Lula vão ao encontro às narrativas sino-russas e reforçam a postura antiocidente que os Brics tem adquirido.

“Para chineses e russos, os Brics fazem sentido, pois criam a impressão de que esses dois países não carecem de aliados. O que, porém, ganha um país como o Brasil? Não se percebe bem. A não ser reforçar a impressão de que a política externa de Lula é inspirada por um viés antiamericano e antiocidental, de acordo com o conceito da velha esquerda, hostil ao que percebe como o domínio do sistema internacional pelo poder hegemônico dos EUA e seus aliados”, avalia Ricupero.

O professor João Nyegray, da PUCPR, pontua ainda que a presidência do Brasil no Brics deveria se pautar pela defesa da democracia. “A presidência brasileira precisaria vir acompanhada de questões sobre a promoção dos direitos humanos e da democracia. Do contrário, nós seguiremos fazendo parte de um grupo de Estados que vai ser um compartilhamento de resistência à ordem Ocidental”, avalia.

“Há um grupo de países, dentre os quais o segundo maior país das Américas, que está fazendo coro às intenções de países autoritários. Isso preocupa porque o presidente Lula veio de um partido que dizia defender a democracia nas últimas eleições. Mas, além de fazer esse aceno aos países dos Brics, o próprio PT reconheceu Nicolás Maduro como presidente eleito da Venezuela em uma eleição que foi completamente fraudada”, aponta o docente da PUCPR.

Na noite desta quinta-feira, o governo venezuelano divulgou uma nota afirmando que o Brasil se opôs à entrada de Caracas no bloco do BRICS Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã) e classificando a decisão diplomática como uma agressão.

Interesses da China e da Rússia sobressaem entre os dos demais países

O analista em relações internacionais Cezar Roedel também avalia que mesmo que o Brasil esteja à frente do Brics durante o próximo ano, são os interesses da China e Rússia que devem sobressair nas discussões do grupo.

Na avaliação de Roedel, o Brasil deve acabar cedendo a essas influências. O analista critica ainda a “subserviência da política externa às autocracias” que caracterizam a política externa do presidente Lula, sob a influência do embaixador Celso Amorim.

“Lula e Amorim acreditam em uma nova ordem hipotética, regida por um eixo autocrático, estruturada a partir de uma nova moeda fiduciária, onde o Brasil teria um lugar de “liderança” ou “destaque”. ocorre que na realidade apenas seria uma marionete russo-chinesa”, avalia.

Amorim foi chanceler de Lula em seus primeiros mandatos e nesta gestão petista ocupa o cargo de assessor para assuntos internacionais da Presidência. Apesar do posto a serviço do Palácio do Planalto, Amorim é apontado como o principal articulador da política externa do presidente Lula neste mandato. Foi ele, inclusive, a figura responsável por desenrolar o plano sino-brasileiro por um cessar-fogo na Ucrânia.



leia o artigo original

Post AnteriorSem Margem Equatorial, Brasil pode voltar a importar petróleo
Próximo Post 1º ataque kamikaze na Segunda Guerra
República

Veja outras matérias!

Captura de tela 2025 08 31 170141

Descubra Como Chegar a Caraíva com Conforto e Segurança

Captura de tela 2025 07 07 221239

Bambbu Cosméticos: marca brasileira valoriza a beleza dos fios brancos e resgata a autoestima feminina

OS2 comunicacao

Construtora abre mais de 40 vagas de emprego em Sorocaba

As Melhores Formas de Terminar o Ensino Médio e Conquistar Seu Diploma

As Melhores Formas de Terminar o Ensino Médio e Conquistar Seu Diploma

Top 10 Filmes Brasileiros do Cinema Mudo

Top 10 Filmes Brasileiros do Cinema Mudo

História do Jazz - Origem, Influencias e Legado

História do Jazz – Origem, Influencias e Legado

Lula e a economia: fatos, desinformações e desafios atuais

Lula e a economia: fatos, desinformações e desafios atuais

Polêmica: Ministro Barroso participa de jantar com empresários e gera críticas

Polêmica: Ministro Barroso participa de jantar com empresários e gera críticas

Ícone de Busca

Bets e a responsabilidade jurídica dos influenciadores Noticias No BR

EM DESTAQUE
Análise do Ledger Flex – A carteira criptografada com tela sensível ao toque da Ledger vale a pena?

Estudo do Ledger Flex – A carteira criptografada com tela sensível ao toque da Ledger vale a pena?

7 de novembro de 2024
Tecnologias emergentes transformam politica

Tecnologias emergentes transformam política, economia e sociedade no Brasil

9 de agosto de 2025
Conflito em Israel: uma análise sobre proteção, política e internationalismo

Conflito em Israel: uma análise sobre proteção, política e internationalismo

19 de junho de 2025
Política de Musk e Trump revela conflitos na direita conservadora

Política de Musk e Trump revela conflitos na direita conservadora

7 de junho de 2025
Populismo: O Discurso que Conquista

Populismo: O Discurso que Conquista

3 de março de 2025
NOVIDADES
Raul Gil recebe alta após tratamento de diverticulite aguda em São Paulo

Raul Gil recebe alta após tratamento de diverticulite aguda em São Paulo

9 de setembro de 2025
Defesa de Bolsonaro aponta vícios em julgamento no STF

Defesa de Bolsonaro aponta vícios em julgamento no STF

9 de setembro de 2025
Procon multa Piracanjuba por confundir consumidor com embalagens

Procon multa Piracanjuba por confundir consumidor com embalagens

9 de setembro de 2025

Links rápidos

  • Sobre nós
  • Anuncie conosco
  • Quero ser um redator
  • Contato

Transparência

  • Informações de Propriedade e Financiamento
  • Política de Correções
  • Política de Diversidade
  • Política de Ética
  • Política de Feedback Acionável
  • Política de Princípios de Publicação
  • Política de privacidade
  • Relatório de Pessoal de Diversidade

Contatos

  • [email protected]
  • [email protected]
  • +55 (11)94720-6114
  • © 2024 NoticiasnoBR Todos os direitos reservados
  • Desenvolvido por Creativelabs Studio

Digite acima e pressione Enter para pesquisar. Digite Esc para sair.

Ad Blocker Habilitado!
Ad Blocker Habilitado!
Nosso site é possível exibindo anúncios online para nossos visitantes. Por favor, apoie-nos desabilitando seu Ad Blocker.