A eleição de três deputados federais para comandar prefeituras após o segundo turno das eleições vai abrir espaço para a entrada de novos políticos na Câmara dos Deputados. Com a saída dos titulares dos mandatos, no final deste ano, os suplentes serão convocados para assumir as cadeiras em Brasília na 57ª legislatura, que vai até 31 janeiro de 2027. Os suplentes vão tomar posse na Câmara em 1º de janeiro de 2025.
Apesar da mudança de nomes, as forças políticas, inicialmente, se mantêm inalteradas na Câmara, já que os substitutos convocados para terminar o mandato de quatro anos no cargo de deputado federal pertencem ao mesmo partido ou coligação pelos quais os titulares foram eleitos.
Os três deputados federais que foram eleitos prefeitos são Abílio Brunini (PL), em Cuiabá (MT); Paulinho Freire (União Brasil), em Natal (RN); e Ricardo Silva (PSD), em Ribeirão Preto (SP). Os suplentes – que assumirão as vagas no Legislativo – são: Rodrigo da Zaeli (PL), Carla Dickson (União Brasil) e Ribamar Silva (PSD), respectivamente.
Rodrigo da Zaeli assume vaga de Abílio Brunini, eleito prefeito de Cuiabá
Confira:
- 1 Rodrigo da Zaeli assume vaga de Abílio Brunini, eleito prefeito de Cuiabá
- 2 Carla Dickson volta à Câmara dos Deputados no lugar de Paulinho Freire, novo prefeito de Natal
- 3 Ribamar Silva substitui Ricardo Silva, eleito prefeito de Ribeirão Preto
- 4 2 suplentes da Câmara também foram eleitos prefeitos no 2º turno
O empresário e ex-vereador paranaense Rodrigo da Zaeli, do Partido Liberal, já ocupou uma cadeira na Câmara de Vereadores de Rondonópolis por dois mandatos e era o 2º na lista de suplentes do PL em Mato Grosso. Ele chega a Brasília para substituir Abílio Brunini, eleito prefeito de Cuiabá, capital do Mato Grosso.
Zaeli, que assim como o titular da vaga na Câmara é da ala do PL mais alinhada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, promete continuar o trabalho de Brunini na Câmara dos Deputados, em defesa dos valores defendidos pela direita. “Represento Mato Grosso na Câmara Federal e Congresso Nacional. Trabalharei incansavelmente por saúde de qualidade, pela educação, pelo respeito à vida e à liberdade”, afirmou.
Nas eleições de 2022, o empresário do setor atacadista concorreu a uma vaga de deputado federal pelo Mato Grosso. Ele fez 6.965 votos e ficou na suplência. Agora será chamado porque o 1º suplente da legenda, Nelson Barbudo, foi convocado para assumir a vaga da deputada Amália Barros, que morreu em maio deste ano, vítima de um câncer no fígado.
Carla Dickson volta à Câmara dos Deputados no lugar de Paulinho Freire, novo prefeito de Natal
Com a vitória de Paulinho Freire (União Brasil) para a prefeitura de Natal, no Rio Grande do Norte, a médica paraense Carla Dickson, ex-vereadora na capital potiguar, se prepara para voltar a Brasília para concluir mais um mandato como deputada federal.
Carla Dickson assumiu uma cadeira na Câmara dos Deputados pela primeira vez em 2020, quando substituiu o então deputado Fábio Faria, nomeado ministro das Comunicações no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, e concluiu o mandato, chegando a ocupar o cargo de vice-líder do governo na gestão de Bolsonaro.
Como ficou com a 1ª suplência do União Brasil nas eleições de 2022, Carla Dickson retornará à Câmara também no ano que vem para concluir o mandato de deputada federal – agora na vaga de Freire. Evangélica, a médica defende pautas conservadoras, e disse que vai continuar trabalhando por Natal e pelo Rio Grande do Norte.
“Nós continuamos sendo resistência nesse estado e dizendo que nós vamos fazer um governo, juntamente com Paulinho Freire, baseado na verdade, baseado no crescimento da nossa cidade e principalmente baseado nos princípios e valores, na ética, naquilo que nós acreditamos”, disse Carla Dickson nas redes sociais sobre o retorno à Câmara dos Deputados.
Ribamar Silva substitui Ricardo Silva, eleito prefeito de Ribeirão Preto
O ex-presidente da Câmara de Osasco, Ribamar Silva (PSD), é mais um suplente que chega à capital federal com a missão de substituir o deputado Ricardo Silva, eleito prefeito no 2º turno das eleições municipais neste domingo (27).
Ribamar Silva foi vereador de Osasco em duas ocasiões, e também presidiu a Câmara Municipal por dois mandatos, além de ter sido secretário da Casa Civil do município. Nas eleições gerais de 2022, ele disputou o cargo de deputado federal e conquistou a 1ª suplência do partido.
Nas redes sociais, Silva comemorou a oportunidade de representar a cidade de Osasco (SP) na Câmara dos Deputados. “Minha gratidão a Deus por ter me presenteado com duas vitórias, uma do meu grande amigo e irmão Ricardo Silva como prefeito de Ribeirão Preto. A outra de ter me concedido a honra de assumir o mandato como deputado federal representando a minha cidade de Osasco. Agora Osasco tem deputado federal”, publicou.
2 suplentes da Câmara também foram eleitos prefeitos no 2º turno
Além dos três parlamentares titulares que saíram vitoriosos nas urnas no segundo turno, outros dois suplentes na Câmara dos Deputados – que chegaram a assumir os mandatos em alguns momentos em 2023 ou em 2024, mas não estão em exercício atualmente – também foram eleitos no pleito deste domingo (27).
São eles: Naumi Amorim (PSD), prefeito eleito de Caucaia (CE), e Márcio Correa (MDB), prefeito de Anápolis (GO). Como os dois eram suplentes e os titulares já tinham retomado suas vagas na Câmara, nesses casos não haverá novos nomes no Legislativo.
Naumi Amorim (PSD), por exemplo, ficou apenas 14 dias como deputado, em março deste ano. Já Márcio Correa foi deputado entre agosto e dezembro de 2023.
Os suplentes, chamados para ocupar a vaga dos que vão deixar a Câmara, são candidatos que, nas eleições proporcionais, não tiveram o número de votos suficientes para tomar posse como titulares do mandato eletivo, passando a figurar, então, na ordem decrescente dos votos recebidos, na lista de suplência do partido ou da coligação.
Eles são convocados em casos de afastamento ou licença parlamentar – quando alguém vai ocupar um cargo no governo ou fica doente, por exemplo, de forma temporária; ou ainda definitivamente, nas hipóteses de morte, renúncia ou perda do mandato.